Outro, andando pela rua e escutando mp3, comecei a pensar na nossa atual relação com as coisas que consumimos, principalmente arte.
Antes do mp3 era totalmente diferente ouvir música, tínhamos momento de ouvir música intimamente, no máximo se ouvia na rua usando uma fita cassete mas, mesmo assim ainda era um momento de aproveitar aquela horinha com o artista.
Ter um disco, uma fita, e até mesmo um CD, era como ter um pedaço da obra do artista, era como ter um quadro ou uma escultura em casa. Agora mudou tudo, tem-se a música, muita informação sobre o artista, muito contato virtual e só!
Tudo é descartável, a música fica armazenada o tempo que dura o sucesso do artista, assim como os arquivos digitais as músicas não mais se perpetuam.
O mesmo vem acontecedo com os livros, tudo digitalizado, enormes bibliotecas armazenadas em pequenos computadores. Só o conteúdo importa, só o momento da obra importa.
É estranho, a música, os livros, os jornais, já não são aqueles mesmos amigos paupáveis que nos acompanhavam nas praças, na praia, na fila, já não temos o diário fechado, amigo fiel do fim do dia.
Agora é assim, no século XXI é tudo virtual, música, livros, diários, lojas e amigos.
Estranho século este XXI, iiii, rsrsrsrsr, tanta interatividade e pouca intimidade.